Por Antônio Gomide
Por Antônio Gomide
O Brasil comemora aliviado o início da vacinação. Temos vacina! A partir de domingo (17) nosso País se juntou ao rol de 50 outras nações que iniciaram a imunização de sua população.
Nada disso seria possível sem duas instituições públicas: a Universidade Estadual de São Paulo (USP) e o Instituto Butantan. A parceria entre os médicos do Hospital das Clínicas da USP, os cientistas do Butantan e o laboratório Sinovac, da China, garantiu a produção da vacina sino-brasileira.
A primeira pessoa vacinada no Brasil, a enfermeira Mônica Calazans, 54, é a síntese desta luta. Negra, diabética, hipertensa, ela se voluntariou no HC para os testes da coronavac. Sua coragem profissional deu esperança a todos os brasileiros.
Mas é preciso continuar a luta.
Em Goiás uma valiosa instituição está agonizando. A Universidade Estadual de Goiás está morrendo de asfixia. O torniquete financeiro do governo reduziu de R$ 420.148.820 para R$ 244.989.000 o orçamento para UEG. São R$ 175.157.820 a menos!
A Constituição Estadual de 1989, no seu artigo 158, destinou 30% do orçamento do Estado para Educação. O governo Ronaldo Caiado, com a PEC 990 reduziu este porcentual a apenas 25%. Ou seja, colocou numa mesma rubrica a educação básica, fundamental, ensino médio, universitário e a ciência e tecnologia.
Nesta semana, a Alego iniciou a discussão da Lei Orçamentária de 2021. Aproveito o momento para pedir que seja votada a PEC 09/2019 que reestabelece o orçamento de 30% para educação, sendo 25,75% destinados à Secretaria de Educação; 3% para UEG e 1,25% para ciência e tecnologia.
A Proposta de Emenda à Constituição 09/2019 já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça, mas a pedido do líder do governo, deputado Bruno Peixoto (MDB), aguarda manifestação do Conselho Estadual de Educação para ir a votação em plenário.
Assim como a USP, a UEG pode contribuir muito para o desenvolvimento de Goiás. Temos aqui a Iquego, laboratório público com 60 anos de tradição. Com mais orçamento para educação, ciência e tecnologia, o nosso Estado pode contribuir também para a luta contra a Covid-19 e outras doenças.
Natural de Goianésia, mudou-se ainda na infância para Anápolis, onde fez os estudos de ensino fundamental e médio e concluiu curso superior como cirurgião dentista na Faculdade de Odontologia João Prudente, em 1981. Em 1982, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e contribuiu ativamente para a construção do Partido no estado de Goiás. Em 1996, iniciou sua atividade parlamentar como vereador na Câmara Municipal de Anápolis, onde permaneceu por mais três mandatos. Antônio Gomide foi eleito prefeito de Anápolis por dois mandatos, em 2008 e 2012. Eleito deputado estadual em 2018, atualmente exerce seu mandato na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás.