A valorização dos professores, servidores e estudantes da Universidade Estadual de Goiás (UEG) foi pauta de audiência pública, na Assembleia Legislativa de Goiás, na manhã desta quarta-feira, 6. A sessão foi convocada e conduzida pelo deputado estadual Antônio Gomide (PT), e contou com participação dos deputados estaduais Bia de Lima (PT), Mauro Rubem (PT), Talles Barreto (UB), o reitor Antonio Cruvinel Borges Neto, o coordenador da Associação dos Docentes da UEG, Marcelo Moreira, estudantes, servidores e entidades de classe.
Antônio Gomide destacou que a audiência pública faz parte das demandas da comunidade universitária da instituição. Como presidente da Frente Parlamentar da UEG na Assembleia, o parlamentar se prontificou a organizar a reunião em contexto de greve protagonizada pelos docentes da universidade, em busca do plano de carreira da categoria.
Durante a audiência, o parlamentar elencou as demandas dos professores, como a extinção do quadro que limita a promoção, com 27% dos docentes da UEG que estão com salários incompatíveis com suas titulações. Ele salientou que dos 1.010 docentes concursados, 299 ainda aguardam promoção. Além disso, os professores solicitam o plano de carreira.
“Ainda estamos aguardando o projeto de plano de carreira a ser enviado pelo governo para a Assembleia Legislativa, para votarmos”, cobrou Antônio Gomide, que reforçou a necessidade de criação de um comitê para diálogo direto com o governador Ronaldo Caiado (UB).
O deputado ainda lembrou que os estudantes lutam por aluguel social a partir da matrícula na universidade, direito ao passe livre interurbano, direito ao acúmulo de bolsas oferecidas pela universidade, no limite até de duas, aumento no valor desses benefícios, aumento da quantidade das bolsas, criação do restaurante popular, entre outras demandas.
Luta por melhorias
A deputada Bia de Lima, que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), cobrou do governo estadual o plano de carreira e também o chamamento de técnicos administrativos, aprovados em concurso público, conforme manifestação do Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado.
Já o coordenador da Associação dos Docentes da UEG, Marcelo Moreira, explanou o histórico de lutas dos servidores em prol da valorização da instituição junto ao governo estadual. Ele salientou que a categoria busca diálogo com o governo estadual há pelo menos um ano, mas não é atendida.
“Estamos dizendo o que desejamos e o governo se nega a conversar conosco… Somente com o Secretário Geral de Governo foram cinco reuniões desmarcadas”, salienta.
Defesa
O reitor da UEG, Antonio Cruvinel Borges Neto, reforçou que solicita atualização do atual plano de carreira para que as vagas de docentes que estão represadas com promoções possam acontecer. Mas para isso é preciso de um projeto de lei, cuja iniciativa é do Executivo.
“Estamos trabalhando nesta pauta. Também a implantação do Regulamento do Regime de Tempo Integral de Dedicação à Docência e à Pesquisa, que conseguimos atender, com cadastro de reserva de 120. O governo nos oferece um sinal de mais 40 professores com processo bem encaminhado”, reforçou o reitor.
O deputado Talles Barreto, líder do governo na casa, lembrou que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), do qual o Estado de Goiás faz parte, limita gastos, o que impede certos avanços, mas que o governo estadual busca contemplar as demandas. “O estado vai buscar, sem criar problemas com o RRF, para atender. Vamos estar juntos, com bom senso e equilíbrio”, disse.
