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Antônio Gomide defende Ipasgo e diz que projeto do governo é desmonte do plano

O deputado estadual Antônio Gomide (PT) defendeu, nesta quarta-feira, 10, o Ipasgo e criticou o governo estadual pela forma como conduz as mudanças no plano de saúde dos servidores. Para o parlamentar, a falta de justificativas claras por parte do líder governista evidencia o descompromisso e desrespeito com a relevância do tema. O deputado votou contra o desmonte do plano.

Pela proposta enviada pelo governo estadual para a Assembleia Legislativa, cada dependente do servidor, antes isentos, passará a pagar 30% da tabela atuarial, conforme a idade. Na planilha atual, a faixa de 0 a 18 anos pagaria R$ 47,45 no plano básico e R$ 54,31 no especial. Já pessoas com 59 anos ou mais desembolsariam entre R$ 207,33 e R$ 311,55.

Antônio Gomide lembrou de uma série de ações do governo ao longo dos últimos anos, citando mudanças sucessivas na gestão do Ipasgo, a venda do antigo hospital do servidor e alterações estruturais na autarquia feitas sem diálogo com a categoria. Ele criticou o aumento das contribuições e disse que as decisões adotadas pelo Executivo reduziram a base de usuários, penalizando servidores de menor renda, que, segundo o deputado, acabam ficando sem condições de manter o plano.

“Esse projeto acaba com o Ipasgo, porque à medida que você aumenta a contribuição para aqueles contribuintes que não eram obrigados a contribuir, obviamente o que você está fazendo é diminuir a base do Ipasgo. Quem recebe R$ 10 mil, 15 mil de salário, pode fazer outro plano, agora quem recebe R$ 3 mil, R$ 4 mil, porque não tem condição de pagar”, disse.

O deputado reforçou que o Ipasgo, criado há mais de seis décadas, é patrimônio dos servidores e não pode ser desmontado por decisões unilaterais. Nesse sentido, o governo “decreta a morte” de um sistema de saúde construído com contribuição direta dos trabalhadores, justamente no momento em que eles mais precisam de assistência.

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