Em entrevista concedida à Rádio Imprensa nesta quarta-feira, 24, o deputado estadual Antônio Gomide (PT) reafirmou sua defesa da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Na ocasião, o parlamentar destacou a importância da instituição como promotora do acesso ao ensino superior para jovens de diversas regiões do estado e defendeu a criação do Plano de Cargos e Remuneração (PCR) para os servidores técnicos-administrativos.
Gomide lembrou que a universidade está presente em mais de 37 cidades goianas. Essa capilaridade, segundo ele, é essencial para garantir formação profissional a estudantes do interior, que muitas vezes não teriam acesso ao ensino superior se dependessem exclusivamente das unidades de Goiânia ou Anápolis.
“A UEG dá a oportunidade ao filho do trabalhador de cursar o ensino superior sem precisar sair de sua cidade ou do estado”, destacou o deputado.
Durante a entrevista, o parlamentar também ressaltou a contribuição da UEG para a formação de professores por meio de programas como a formação parcelada, que capacitou docentes em áreas como matemática, pedagogia e letras, diretamente em suas regiões de origem. “Esses professores foram contratados pelas prefeituras para atuar no ensino fundamental, sem precisar sair de suas cidades. É uma conquista que precisa ser ampliada”, afirmou.
Plano de Cargos e Remuneração
Gomide também citou avanços recentes, como a criação do plano de carreira para os docentes da UEG, aprovado em 2023, que instituiu critérios de dedicação exclusiva, novos salários e possibilidades de progressão na carreira. Agora, segundo ele, é hora de estender essa valorização aos técnicos-administrativos, que ainda não contam com um plano próprio.
Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da UEG na Assembleia Legislativa de Goiás, Gomide tem acompanhado de perto a mobilização dos técnicos da universidade em favor do PCR. Nesta sexta-feira, o deputado promove uma audiência pública com a participação do reitor da UEG, Antônio Cruvinel, além de representantes do governo estadual e da comunidade acadêmica.
“Os técnicos são o alicerce da universidade. São eles que fazem a máquina funcionar. Precisamos garantir equilíbrio entre os diferentes segmentos da instituição”, completou.
A expectativa da Frente Parlamentar é de que, a partir da audiência, uma minuta do plano de cargos seja consolidada e encaminhada como projeto de lei ainda em 2025 para votação na Alego. “A UEG é patrimônio de Goiás. Precisamos fortalecê-la com estrutura, pessoal e valorização profissional”, concluiu Gomide.